terça-feira, 13 de setembro de 2011

18. O Ministério Hierárquico.

18. O Ministério Hierárquico.

Traduzido pelo Presbitero Pedro Anacleto

1. É lei da vida de todos os organismos superiores que à medida que se fazem velhos adquiram uma forma externa cada vez mais forte. A vida necessita tanto de apoio como de proteção. Esta forma em uma sociedade de homens implica uma hierarquia e sua correspondente autoridade.

a) Tal legitimidade se manifesta desde um princípio por vontade de seu fundador no desenvolver da Igreja. Já no princípio houve uma hierarquia entre os apóstolos eleitos por Jesus. Quando eles viveram, o problema da autoridade eclesiástica estava resolvido. Os apóstolos eram os testemunhos e garantias do que o Senhor havia ensinado e disposto. Os Atos dos Apóstolos e as cartas apostólicas mostram que os apóstolos, desde o primeiro dia de Pentecostes, foram conscientes de sua autoridade por vontade de Deus e consequentemente a exerceram mandando, obrigando, fazendo fincarem os pés nas várias hierarquizações dentro das comunidades (1Cor 12:28ss; 14ss), dando a entender que eles mesmos desempenhavam um "ofício" ou "ministério" real (cf. estas expressões em At. 1:17.20.25 e em outros muitas passagens; veja § 9).

b) As mesmas fontes nos contam que os apóstolos, pela imposição das mãos, constituíam representantes seus nas diversas comunidades (cf. At. 14:23) e os conferiam sua própria autoridade. Nas novas comunidades fundadas por seus mandatários, estes eram naturalmente distinguidos antes que os demais como portadores da missão apostólica e sua conseguinte autoridade.
Os enviados dos apóstolos, portanto, foram seus primeiros representantes; e, até a morte dos apóstolos, seus sucessores.

2. Sabemos pela carta aos Filipenses (1:1) que nas comunidades cristãs havia um ministério eclesiástico local desempenhado pelos chamados bispos (inspetores). Este cargo ao princípio equivalia ao de presbítero (= ancião) (prova: Atos 20:17 em relação com 20:28). Nas comunidades judeu-cristãs houve provavelmente anciãos (= presbíteros) similares aos chefes oficiais do judaísmo 53,  ao passo que nas comunidades pagão-cristãs foi designado um bispo. Paulo mesmo não fundou suas comunidades exclusivamente sobre os que possuíam dotes espirituais extraordinários. As descrições de sua primeira carta aos Coríntios (14:16ss), que com segurança se referem a fenômenos muito singulares, não excluem o ofício ou ministério. Dado que Paulo concedia uma importância decisiva à aprovação de sua doutrina pelos antigos apóstolos, não pode distanciar-se deles em um assunto tão importante (cf. ademais 1Tim 3:1ss; Tit 1:5ss e a já mencionada passagem de Flp 1:1). Seria um crasso erro científico exigir uns escritos ocasionais, como são as cartas dos apóstolos, uma completa exposição do patrimônio da fé e uma detalhada descrição de todos os ministérios.

Nas grandes comunidades havia assim mesmo uma nutridíssima agrupação de anciãos (presbíteros). Ao princípio dirigiam as comunidades umas vezes colegiadamente, outras sob um único responsável. A palavra bispo, ou seja, vigilante, se foi reservando pouco a pouco a uma só pessoa. Já na primeira carta de Clemente podemos apreciar em Roma uma acusada diferenciação: sob o sumo sacerdote estão todos os demais sacerdotes e levitas.

Nos Atos dos Apóstolos (cf. § 9) há testemunhos de uma certa participação da comunidade de Jerusalém no exercício da autoridade dos apóstolos. Mas com a mesma claridade se desprende dos textos que a especial autoridade ministerial dos apóstolos não caía afectada por ela, nem no mínimo; sempre aparecem destacados por cima de todos os demais.

Por desgraça, mas também como a coisa mais natural, não houve desde o primeiro momento unanimidade de critérios a respeito deste ponto por parte de todos. Que a autoridade eclesiástica estava às vezes localizada o sabemos pelos distintos partidos aos que repetidas vezes se faz referência: eu sou de Paulo, eu de Apolo... (1Cor 3:4), e pelas discussões antes, e depois do Concílio Apostólico (At 15:2; Gál 2:11).
Na Ásia Menor é onde melhor podemos seguir a gênese do ministério episcopal. As cartas de Santo Ignácio de Antioquía (§ 12) já contém o dito: "Quem se opõe a ele (ao bispo), se opõe a Deus"; "onde está o bispo está a comunidade, o mesmo que onde está Cristo está a Igreja Católica." Por esta carta e pelas de São Policarpo sabemos que até o fim do século já se haviam separado os ministérios do bispo e do sacerdote; o primeiro nome se reservou para o chefe da comunidade: o bispo. Os presbíteros se converteram em seus auxiliares. Vemos já uma ordem hierárquica que culmina no bispo (imagem do pai), por cima do presbítero e dos diáconos.

O bispo era o que convocava a todos os clérigos e os conferia o ministério. Toda a vida da comunidade (batismo, penitência, serviço divino, exclusão e reincorporação, a dizer, ensino, ordem da comunidade e vida litúrgico-sacramental) estava sob sua direção (= "cura de almas"). "Os bispos estão postos para todo o rebanho, para governar a Igreja de Deus" (At 20:28).

Desde os primeiros tempos cada comunidade tinha seu bispo. Comunidades cristãs dirigidas unicamente pelos sacerdotes (o que hoje chamaríamos paróquias) não as conhecemos senão a partir do século III em Roma; só desde então adquirem os presbíteros uma maior importância. Esta evolução está intimamente relacionada com a luta contra a gnose, contra a qual reagiu a Igreja com uma unidade muito mais clara, fixando mais exactamente os artigos de Fé, selecionando e vigiando mais estreitamente aos novos candidatos (desde então começou a ser decisiva a disciplina do mistério).

O prestigioso ministério dos diáconos, como também o das viúvas ou (mais tarde) diaconisas (estas para prestar especiais auxílios entre as mulheres), procede dos tempos apostólicos (At 6:2ss). Há subdiáconos aproximadamente já por volta do ano 250. Mais tarde conheceremos também na Igreja toda uma série de ofícios ou ministérios menores. A eles correspondem as faculdades que hoje se conferem com as chamadas ordens menores (ostiário, exorcista, leitor, acólito); se geraram em Roma, e para a Igreja oriental só foram aceitas em parte (em nossa Santa Igreja Católica Apostólica Ortodoxa três ordens menores: Leitor, Acólito e Subdiácono).

3. Quanto mais elevada era a vida religioso-moral da nova Igreja, e mais intensamente baseada no amor, tanto menos necessitava a autoridade impor-se por decreto; pelo mesmo motivo não era preciso delimitar exactamente as atribuições das autoridades eclesiásticas. Não há de surpreendermos, pois, que a vida eclesiástica tivera então um limite, mas democrática e que sabemos muito pouco do alcance que em concreto tinha o poder ministerial.

Com sua autoridade, os apóstolos e logo seus vigários e sucessores eram os representantes da Igreja. Traço essencial da pregação de Jesus, é que fundou uma Igreja (§ 6). Assim, também, parte essencial da primitiva cristandade e das primitivas comunidades é que sua Fé estivera sustentada e marcada pela comunidade. Seu cristianismo era Igreja. A Igreja então, como se tem dito, abarcava a vida inteira. Certo que  conceito "Igreja" é um daqueles que nos primeiros tempos se davam mais bem como supostos que como definidos. Não obstante os profundos e quase inesgotáveis ensinamentos sobre a Igreja que encontramos nos evangelhos, em Paulo e no Apocalipse (Jo 10:1-16; Ef 1:23; Ap 22, entre outros muitos), a imagem que nos apresentam é um tanto imprecisa, de modo que em alguns pontos temos de contentar-nos com cautelosas deduções. Mas o fato como tal de que o cristianismo é Igreja aparece sempre com enérgica insistência. Segundo S. Tg 5:14s, invocar ao Senhor os pecados são perdoados pela unção com o óleo e a oração do sacerdote, chamado pelo enfermo. Todo o processo interior do perdão dos pecados se sustém a si mesmo na Igreja inteira. Ignácio de Antioquia e Tertuliano ensinam que o matrimônio, certamente administrado pelos próprios esposos, deve realizar-se com a cooperação, o consentimento e a benção da Igreja.

Irineu foi o primeiro que tratou mais expressamente da Igreja. Ainda que toda ela é espírito e graça, também é visível. Com a sucessão apostólica dos bispos está garantida a verdade, e por isso aos sacerdotes se os deve obediência. Quem se separa dos apóstoles cai fora da recta doutrina e moral. No século III, Cipriano, o defensor da unidade da Igreja (ainda que nem sempre seu servidor), resumiu este conceito nesta comprimida mas não menos rica frase: "Não pode ter a Deus por Pai quem não têm à Igreja por mãe."

4. À medida que o ministério episcopal foi cobrando importância externamente, também se foram perfilando normas cada vez mais precisas sobre a pessoa portadora do cargo. A mais trascendental foi a exigência do celibato, que se foi impondo pouco a pouco e de distinta forma em cada lugar, e não sem retrocessos.

A maior parte dos apóstolos foram casados. Paulo disse expressamente que também tinha a possibilidade de ter uma mulher, como os apóstolos (1Cor 9:5). Em suas exposições sobre o matrimônio e a virginidade não exclui nenhum estado ("Sobre isto não tenho nenhum preceito do Senhor; o que se casa não peca" [ 1Cor 7:25).

Sem embargo, resulta extranho que não saibamos nada da vida familiar dos apóstoles, e absolutamente nada de suas mulheres. O exemplo do Senhor e de sua Mãe, sua palavra acerca "dos que o podem entender" (Mt 19:12), o grande apreço da virgindade por parte de Paulo e a exigência de uma dedicação indivisa ao Senhor (1Cor 7:34) determinaram muito logo uma grande estima do estado de virgindade. Deste modo, em seguida começou a impor-se a práctica de que não se casassem os bispos nem os sacerdotes. Sempre esteve permitido continuar o matrimônio quando alguém casado era designado para o ministério. Pela práctica da abstinência do matrimônio, cada vez mais difundida entre o clero, apartir do século IV se foi impondo no Ocidente a lei geral do celibato (§ 24) mediante decisões de diversos concílios 54 e disposições papais.

5. A unidade da Igreja. Jesus havia anunciado sua Igreja como o eminente reino de Deus; Paulo a havia descrito como o corpo místico de Cristo. Todos os cristãos sabiam serem integrantes deste reino único, membros do único corpo de Cristo. Nos primeiros séculos a Igreja era consciente de sua unidade, expressada sobre tudo na celebração igual da eucaristia, na possessão comum da mesma Fé e na comunhão com o bispo. A coincidência práctica das confissões de Fé no único Senhor com motivo das perseguições e os sofrimentos seguintes afiançaram ainda mais esta unidade.

A consciência da unidade de todos os cristãos era cultivada e robustecida pelo contacto dos bispos e das comunidades entre sí. Um laço especial unia as Igrejas mães com as comunidades por elas fundadas; seus chefes (metropolitas, apartir do século III) gozavam de alguns direitos mais amplos. A consciência unitária da Igreja encontrava sua expressão mais tangível nas assembléias dos bispos (sínodos, concílios), que já conhecemos desde o século II, e nas que se tratavam questões de interesse geral; apartir de 250 já se celebravam, mais ou menos regularmente, sínodos provinciais, a dizer, assembléias dos bispos da correspondente província do império. A crescente consciência da primazia da Igreja de Roma e do dever de todas as demais Igrejas de estar de acordo com ela veio a constituir para a consciência unitária das distintas Igrejas uma força particularmente determinante. A consciência de unidade chegou a manifestar-se, com todos seus agravantes, de uma forma nova e impressionante nos concílios generalis, ecumênicos (§ 24).

Entre os bispos se dava uma viva correspondência que era (nas comunidades maiores por empregados especiais) recolhida e guardada. A importância desta correspondência podemos comprová-la nas cartas de Ignácio e Cipriano, nas actas dos mártires e, posteriormente, nas cartas de Jerônimo, Agostinho e Leão I. O bispo de Alexandria enviava cada ano uma carta pascal.

A esta influência crescente da alta hierarquia, não devemos imaginá-la como se apresenta, por exemplo, no clericalismo medieval. Até os séculos V e VI, o bispo era eleito pelo povo e pelos sacerdotes. A partir do século VI, com a ascensão dos nobres ou senhores feudais, se limitou o direito de voto da comunidade. Ao mesmo tempo aumentou a influência dos metropolitas (§ 24) na eleição dos bispos. Era coisa óbvia, e não só para Constantinopla, que o poder dos imperadores do Oriente como do Ocidente se manifesta-se também no nomeamento directo dos bispos.

6. O primado romano. Os sucessores de Pedro, como bispos de Roma, reivindicaram já desde muito cedo a supremacía da Igreja Romana. Sem embargo, dada a particular situação das primeiras gerações cristãs, esta prerrogativa se fez valer no princípio muitas raras vezes. Tambem, por outro lado, chocou com certa oposição, ao que só pode impor-se paulatinamente 55. Contudo, a intervenção da comunidade romana nas desordens de Corinto (carta do Papa Clemente em 96) 56, o zelo especial com que em Roma se vigiava a pureza da Fé condenando as heresias e a postura do bispo de Roma na controvérsia da Páscoa, como veremos, demonstram que a consciência do primado já estava nela presente desde muito cedo. Certamente, o fato de que Clemente fale em nome da Igreja Romana só significa a princípio a natural unidade entre o bispo e a comunidade; mas isto não atenua a postura autoritária do bispo de Roma. Fácil é seguir o curso ascendente e paulatino da consciência de primazia da Igreja de Roma e de seu bispo. Se reflete nas artes figurativas: por exemplo, na imagem da Igreja como embarcação com Pedro no comando, ou como a arca de Noé que sobrevive ao dilúvio, ou seja, em símbolos, que pouco a pouco vão ampliando-se. Desde os tempos de São Jerônimo chamam a São Pedro de Princeps apostolorum.
Já ao fim do século II, Víctor, bispo de Roma (189-199), dá testemunho desta consciência de autoridade quando ameaça excluir da comunidade eclesial à Igreja da Ásia Menor por celebrar a Páscoa de uma forma diferente. Devemos dar-nos conta do que este aconteceu em um tempo de tão ampla autonomia das Igrejas particulares, do que este teve de representar para o país cristão mais antigo. A consciência da alta direção da cristandade por parte do bispo de Roma devia estar muito arraigada na Igreja para que este se atrevesse a semelhante ameaça e sua autoridade se acusasse também alí donde não se aceitavam os critérios romanos. É significativo também o fato de que Estevão, bispo de Roma (254-257), se remete à sucessão de Pedro e ameaça com a excomunhão, quando se pronuncia a favor do batismo dos herejes, ao contrário dos sínodos e dos bispos africanos, capitaneados por Cipriano (§ 29). Tendo em conta a mentalidade de então, a mesma importância em favor da pretensión do primado da sede romana tem a disposição do papa Calixto I sobre a readmissão dos fornicadores na Igreja. E novamente a favor da primazia romana fala o fato de que o papa Dionísio (259-268) exige a seu homónimo o bispo de Alexandria que se pronuncie sobre a acusação que sobre ele pesa de haver feito declarações heréticas a respeito da doutrina trinitária.

Como já dissemos, entre Cipriano (+ 258) e Roma se chegou a fortes tensões; sua eclesiologia vê o ideal de Cristo e a garantia da unidade em uma constituição eclesial marcadamente episcopal. Ele sabe do primado de Pedro, mas não relaciona o ministério de Pedro com o bispo de Roma; outras vezes, e de diversas maneiras, se manifesta a favor da primazia de Roma (reiteramos esta primazia do bispo de Roma era uma "primazia entre iguais" [assim o entende até hoje a Igreja Ortodoxa) e não uma primazia à semelhança do emperador romano, ou seja de carácter quase-político (que chegaria à sua máxima expressão com o dogma que diz que o bispo romano é Infalível em matéria teológica etc. Promulgado no concílio mal chamado ecumênico, Vaticano I que como todos os concílios posteriores ao VIIo Concílio só contaram com a presença dos bispos católicos romanos, ignorando à Igreja Oriental (salvo a presença dos uniatas, Igreja Oriental Católica que reconhece o Papa de Roma, N.T. como coordenador universal) e não foram outra coisa que pantomimas dos verdadeiros concílios de tempos remotos ( enchendo-se de doutrinas heréticas, esta primazia foi perdida por Roma logo ao abandonar a ortodoxia logo imediatamente depois do Grande Cisma, e a correspondente dita honra desde então até a actualidade pertence ao Patriarca Ecumênico de Constantinopla)].

Semelhante amplitude de opiniões era então possível e isso explica em boa medida como pode suceder que ambas as partes, actuando de boa fé, se viram envolvidas em tão duras controvérsias. Ademais, há que ter presente, que a postura de Cipriano tampouco era nestas questões uniforme.

De outro lado, as declarações de bispos de outras Igrejas mostram que a pretensão de Roma foi reconhecida. Santo Ignácio de Antioquía (+ 110) escreve: "A Igreja de Roma é a que preside a união da caridade." Santo Irineu de Lion (bispo desde 177-178, + até 202): "Toda Igreja, isto é, a totalidade dos fiéis de cada lugar, tem de estar de acordo com a Igreja de Roma, por causa de sua mais alta autoridade."

A fixação jurídica expressa do primado teve naturalmente lugar só depois da liberdade da Igreja, na época pós-constantiniana. Apartir daqui, na evolução do primado romano (e na tomada de consciência dela por parte da Igreja universal) influiu notavelmente tudo o que podia entrar em competência com ele. Aqui, em geral, se insere a ascensão dos patriarcas do Oriente, e em especial o aumento de poder do patriarca de Constantinopla, com seu antagonismo consciente e victorioso enquanto bispo da nova Roma em oposição à Roma antiga.

Os Concílios de Nicéia (325), de Constantinopla (381) e de Calcedônia (451) se ocuparam também desta questão. Suas declarações podem considerarem-se, com razão, como constatação da primazia do bispo de Roma diante de todos os demais, inclusos os orientais. Contudo, seu texto literal não é tão unívoco como para poder deduzir dele um primado real e pleno, ainda que os legados papais ocuparam os primeiros postos do concílio (Nicéia fala dos antigos privilégios de Roma; em Calcedônia a relação entre "honra" e "primado" não é unitária nem unívoca). Sem embargo, no Sínodo de Sardenha (343) o primado de Roma foi expressamente reconhecido em virtude de sua fundação por Pedro.

53 No judaísmo já se conhecia o conceito da sucessão no cargo. O citamos por escrito, por exemplo, na detalhada lista dos sucessores dos sumos sacerdotes. Talvez exemplos similares dos círculos filosóficos helenístico-gnósticos influíram também na evolução cristã?

54 O Concílio de Elvira de 306 declarou o celibato obrigatório na Espanha. O papa Leão I extendeu esta obrigação inclusive aos subdiáconos. A rejeição do celibato em Nicéia (325) não tem nada a ver com uma menor estima da castidade. No Oriente o matrimônio dos sacerdotes é "normal" (excluídas as segundas núpcias), mas se estabeleceu que o bispo fosse celibatário.

55 A não desprezível dificuldade histórico-crítica, implícita neste fato, não afecta à validade das decisivas e imutáveis afirmações da Escritura, que temos argumentado anteriormente; además, até sua solução satisfactória, por uma parte, no fato da evolução real da Igreja tal como a anunciou Jesus e, por outra, no carácter da revelação como profecia.

56 Adolf von Harnack: "Nenhuma comunidade se tem introduzido de maneira tão esplendorosa na história da Igreja como a romana graças à primeira carta de Clemente." S. Clemente (cap. 59:1) escreve, por exemplo: "Quem não obedece ao que Deus tem dito por meio de nós, deve saber que cai em pecado."

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Attikis, Greece
Sacerdote ortodoxo e busco interessados na Santa Fé, sem comprometimentos com as heresias colocadas por aqueles que não a compreendem perfeitamente ou o fazem com má intenção. Sou um sacerdote membro da Genuina Igreja Ortodoxa da Grecia, buscamos guardar a Santa Tradição e os Santos Canones inclusive dos Santos Concílios que anatematizam a mudança de calendário e aqueles que os seguem, como o Concílio de Nicéia que define o Menaion e o Pascalion e os Concílios Pan Ortodoxos de 1583, 1587, 1593 e 1848. Conheça a Santa Igreja neste humilde blog, mas rico no conteúdo do Magistério da Santa Igreja. "bem-aventurado sois quando vos insultarem e perseguirem e mentindo disserem todo gênero de calúnias contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos pois será grande a vossa recompensa no Reino dos Céus." "Pregue a Verdade quer agrade quer desagrade. Se busca agradar a Deus és servo de Deus, mas se buscas agradar aos homens és servo dos homens." S. Paulo. padrepedroelucia@gmail.com